segunda-feira, 30 de junho de 2014

Mulher arranca e come pedaços de tijolos de seu quarto para satisfazer doença bizarra

  • Uma Doença rara conhecida como PICA

Já vi muitos casos, como: comer cabelo, chupar fraudas sujas, comer esponja, etc... e a cada caso fico sem acreditar como a mente humano é incrível.

A pica, também conhecida como alotriofagia ou alotriogeusia, é uma afecção rara entre seres humanos, de apetite por coisas ou substâncias não alimentares (isto é, solo/terra, moedas, carvão, giz, tecido, etc.) ou uma vontade anormal de ingerir produtos considerados ingredientes de alimentos, como diversos tipos de farinha, de tuberosas cruas (como batatas), amidos (por exemplo de milho ou de mandioca), etc.

Para que tais hábitos sejam considerados pica, é preciso que persistam pelo menos um mês durante um período de vida quando não se considera normal, dentro do quadro de desenvolvimento humano, utilizar a boca para explorar e ingerir coisas como barro, excremento, brinquedos, solo, botões, pedrinhas, etc., como o fazem freqüentemente as crianças menores.

O nome pica vem do latim e significa pega, um pássaro do hemisfério norte conhecido por comer quase tudo o que encontra pela frente. A pica pode ser observada em todas as idades, mas especialmente em mulheres grávidas e em meninos e meninas, mas especialmente em crianças sofrendo dificuldades no desenvolvimento infantil normal.

Para algumas pessoas, comer mingau ou uma fatia de torrada é uma boa forma de lanchar. Contudo, para Patrice Benjamin-Ramgoolam, apenas alguns tijolinhos do seu quarto podem ajudá-la a matar a fome.

A esportista, de 28 anos de idade, sofre de uma condição que faz com que ela sinta desejo por tijolos o tempo todo e ela ainda afirma que nunca teve problemas de saúde por comê-los.




"É quase como alguém que tem uma dependência de drogas. Meu corpo pede por ele e até minha boca saliva quando chego próximo de uma parede”, afirma ela. "Eu pensei que seria estranho, mas fiquei curiosa para saber o gosto. Quando provei, gostei muito e foi aí que tudo começou. Parece com um giz, tem gosto de terra. Eu fiquei viciada em comer pequenos pedaços de tijolos”, completou

Ela afirmou que, inicialmente, comia seis colheres de sopa cheias de fragmentos da parede do seu quarto. Contudo, seus desejos se tornaram algo tão viciante que ela não era capaz de resistir a eles, necessitando pegando partes  das paredes ao visitar amigos ou família.

Patrice também sofria de ansiedade e depressão, e disse que comer tijolos era "como um escape”. Na verdade, Patrice sofre de um distúrbio alimentar chamado “PICA”, que se caracteriza pelo desejo de comer itens com pouco ou nenhum valor nutricional. Isso pode incluir pedras, areia, tinta, sujeira, dentro outros, e é muito comum em pessoas com dificuldades de aprendizagem e durante a gravidez.

A PICA pode causar uma variedade de complicações sérias se o paciente estiver comendo algo que é tóxico ou não digerível. Patrice, inicialmente, tentava esconder os buracos feitos nas paredes e acabou confessando ao seu marido.

Dr. Abigael San, um psicólogo clínico, disse: “Essa doença é algo mais raro, considerando que as taxas de casos mundiais variam em torno de 8%. Para pessoas normais, essa ocorrência é bem mais raro do que em grávidas por exemplo”. O doutor acrescenta que a condição de Patrice poderia ser causada por uma deficiência de vitamina ou mineral ou ter se desenvolvido por causa da depressão e outros problemas psicológicos.

  • Vale ressaltar:

Em certas partes do mundo, como nos Estados Unidos, mais notavelmente no passado, entre a população escrava, e outros segmentos pobres da população, mas também no Brasil, na África (especialmente em regiões de Moçambique), na Arábia Saudita (entre mulheres grávidas jovens) e tradicionalmente em certas partes da China, o consumo de solo faz parte de costumes e tradições para satisfazer certas deficiências físicas (i.e. em casos de anemia grave).

Em outras palavras, nesses casos se trata de uma forma de restauração da saúde de indivíduos membros da sociedade em certos períodos específicos de suas vidas. Nesses casos o consenso parece indicar que não se trata especificamente de transtorno de pica.

Medicamentos e vitaminas podem reverter a pica mas em muitos casos o tratamento exige considerações psicológicas, ambientais, etc. Em alguns casos uma leve terapia de aversão tem servido para modificar o quadro de pacientes sofrendo dessa condição.

Fonte 1, Fonte 2

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